Já vimos quais as consequências que os transtornos da tireoide podem causar na saúde do corpo como um todo. Justamente por mexer com tantos sistemas e órgãos diferentes, é muito fácil confundir os sintomas com outra causas, o que acaba gerando confusões na hora do diagnóstico. As alterações no sistema nervoso, por exemplo, podem ser confundidas com efeitos de doenças emocionais." Um paciente com alto grau de irritabilidade e que mudou o seu comportamento psíquico pode acabar sendo levado pela família a um psiquiatra ".
Já pessoas arritmias cardíacas importantes e pacientes com períodos de obstipação intestinal (movimentos lento das fezes no intestino grosso, deixando -as duras e ressecadas ) ou de hiperdefecação podem ser encaminhados respectivamente para um cardiologista e um proctologista.
Se a pessoa já tiver alguma doença crônica,a confusão pode ser maior ainda .
"Como em idosos ou pessoas com doenças, debilitantes, nos quais os sintomas do hipotireoidismo são confundidos com o da doença de base ou como sintomas de envelhecimento ".
Há também uma relação entre a depressão e a queda na produção dos hormônios tireoidianos." Indivíduos que possuem um dos quadros têm maiores de desenvolver o outro".
Tanto que hoje faz parte do protocolo dos psiquiatras pedir exames medindo T3, T4 e TSH, entre outros índices ligados a tireoide na primeira consulta, antes de fechar o diagnóstico de depressão ou outras doenças.
O HIPOTIREOIDISMO E AS MULHERES
A ala feminina é a maioria quando o assunto é a queda da produção da tireoide.A frequência chega a ser de 5 a 8 vezes maior entre elas.
As causas dessa relação são desconhecidas,
" Provavelmente a prevalência ocorre devido a ação ou alterações do metabolismo dos hormônios sexuais femininos".
A tireoide Hashimoto , poe exemplo, é mito mais incidente em mulheres acima de 30 anos e que já engravidaram.
Uma dissertação apresentada na avaliou cem mulheres entre 40 e 65 anos e percebeu que 5% tinham hipotireoidismo e 14% apresentavam riscos elevados de contrair o problema , e indicava os exames específicos da tireoide como um protocolo de rotina para elas.
PROBLEMAS DIFERENTES ,ABORDAGEM DIVERSAS
Cada um dos males da tireoide tem um tratamento especifico. Comecemos então com a doença mais comum, o hipotireoidismo .Como nele há uma redução na quantidade de hormônios, a alternativa mais lógica é justamente repor o que está em falta no organismo. O T4 é escolhido para compor os medicamentos , já que ele será convertido em T3 nas células em que for necessário e é produzido em maior quantidade."Ele não traz efeitos colaterais não engorda e até ajuda na manutenção do peso normal .Mas a indicação é que seja sempre peso normal.Mas a indicação é que seja sempre tomado com água, em jejum pela manhã. É muito raro que o quadro regrida por tanto o fármaco acaba sendo tomado pela vida inteira , mas isso já consegue sanar o problema.
Já o hipertireoidismo é uma doença crônica, portanto o tratamento desse quadro também é vitalício ." Utilizamos drogas que bloqueiam a produção de hormônios e outras que barram os efeitos do excesso de hormônios , se não existirem contradições . A maioria dos casos, porém , acaba necessitando posteriormente de tratamento definitivo com cirurgia ou iodo radioativo, que induzem hipotireoidismo ".
Em algumas ocasiões a tireoide é removida completamente, então é usada a mesma reposição hormonal do tratamento de hipertireoidismo para a queda de produção de glândula .Os medicamentos focados no efeito do hormônio ajudam a reduzir principalmente os sintomas mais comuns, como a arritmia cardíaca, o suor excessivo e a ansiedade.
CÂNCER DE TIREOIDE
No caso do câncer de tireoide, o tratamento é bem diferente do usual .Não há químico ou radioterapia; ele sempre consiste na retirada parcial ou completa da glândula, a chamada tireoidectomia. Depois que ela ocorre, há também o uso de iodo radioativo usado para atacar qualquer célula anormal que tenha restado .A cirurgia é bem delicada, pois a região tem diversos vasos sanguíneos .
Como nos casos de hipertireoidismo, haverá uma queda na produção hormonal, se não houver a extinção total. E mais uma vez a reposição dos hormônios T4 é requisitada, e também por toda a vida. O que não se difere dos tratamentos de outros cânceres é o acompanhamento para verificar se não vai haver reincidência de tumores .Normalmente ela ocorre em 30% dos casos ; na maior parte, após 10 anos do primeiro caso.
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